O corpo e a alma
O tempo que passei aqui é engraçado, pra não dizer trágico, se bem que tragédia não seria a palavra ideal pra dar um tom de seriedade nesse adjetivo.
Explico.
Quantas vezes nos apaixonamos, quantas...? Quantas vezes nos entregamos pra alguém que sentimos ser especial?
Às vezes entregamos só o corpo, mas algumas vezes entregamos o corpo e a alma.
Como poderiamos definir essa entrega de corpo e alma?
Definir no sentido de saber se isso é bom ou ruim.
Acho que aprendi que nada é eterno, e como acho...
Então imaginemos que essa entrega seja recíproca, mas como já dito, essa reciprocidade tem um prazo de validade e pode acontecer, portanto, da gente pedir de volta a alma e depois conseqüentemente o corpo.
Já vi acontecer.
Pode acontecer o contrário - primeiro pedimos o corpo e depois a alma.
É raro e triste, mas já vi acontecer.
Agora... e se ao invés de sermos nós que pedimos nos for pedido?
É freqüente, mas nunca vi acontecer.
Quando pedimos é difícil, porque sofremos ao imaginar o sofrimento do outro.
Volto a perguntar: e se nos for tomado esse amor?
Se nunca vi isto acontecer nada sei sobre amor, sobre corpo, tampouco sobre alma.
Mas mesmo assim entreguei pra você meu corpo e minha alma.